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sábado, 21 de maio de 2011

Caso Strauss-Kahn reacende rivalidade histórica entre EUA e França

Na semana passada, o noticiário da mídia e a entrevista do ex-primeiro-ministro socialista, Michel Rocard, ao jornal parisiense “Libération”, prenunciavam a volta de Dominique Strauss-Kahn (DSK) à política e o início da campanha que o levaria, muito certamente, à presidência da França.

Tudo indicava que em 2012 a França teria um presidente social-democrata reunindo grande competência econômica, notoriedade internacional e experiência para consolidar a União Europeia. Restava saber como evoluiria o FMI após a saída de DSK. Escrevi minha coluna publicada no dia 13 sobre estes assuntos.

Hoje, DSK é uma figura patética que a grande maioria dos franceses e europeus quer esquecer. A mídia debate seu processo por crime de agressão sexual e tentativa de estupro, calculando as dezenas de anos de prisão que terá de cumprir caso seja condenado pelos tribunais de Nova York. Em poucos dias, um dos dez homens mais poderosos do mundo passou da celebridade ao opróbrio.

Diretor do FMI é preso nos EUA acusado de abuso sexual

Foto 14 de 20 - 19.mai.2011 Imagem mostra a ficha de identificação do francês Dominique Strauss-Kahn no Departamento de Polícia de Nova York. O diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Dominique Strauss-Kahn, renunciou a seu cargo nessa quarta-feira (18), após ter sido acusado de tentar violentar uma camareira em Nova York, onde segue preso MaisReuters

Mesmo que venha a ser inocentado, DSK, que já se demitiu da direção do FMI, liquidou sua carreira. Pouco suspeito de condescendência com os socialistas ou com os franceses, a revista britânica “The Economist” fez um editorial em forma de epitáfio: “independente de seus defeitos pessoais, Strauss-Kahn foi um excelente diretor-geral do FMI… Com ele, a instituição retomou seu lugar central na gestão da economia mundial”.

A dimensão do escândalo DSK trouxe de volta o tradicional bate-boca franco-americano. Anos atrás, Stanley Hoffmann, grande especialista de história europeia, definiu as bases do contencioso histórico entre a França e os Estados Unidos. Segundo Hoffmann, professor em Harvard e grande conhecedor dos dois países, os americanos e os franceses fizeram, respectivamente em 1776 e 1789, duas revoluções fundadoras da modernidade que propuseram, cada uma com seu feitio próprio, princípios gerais para toda a humanidade. Dos projetos --e das pretensões--, universalistas da cultura dos dois países nascem as relações de amor e ódio que os unem através dos tempos.

De fato, alguns artigos anti-DSK atualmente publicados na imprensa americana recapitulam episódios longínquos da história francesa. Assim, no “The New York Times”, Caroline Weber, professora de Literatura Francesa na Universidade de Columbia, lembra as torpezas da aristocracia francesa, de Luís XV ao Marquês de Sade, antes de atacar o DSK e seus defensores parisienses, como o filósofo Bernard-Henri Levy.

Um artigo equilibrado do escritor e jornalista Christopher Hitchens sobre os clichês espalhados pela polêmica franco-americana sobre DSK, publicado no site da Slate (acessível aqui), mostra que os políticos americanos estão longe de ter uma moral exemplar e também aprontaram bastante nos últimos anos.

Mas os desdobramentos do processo de DSK trarão novos elementos para alimentar a polêmica franco-americana. De todo modo, o Partido Socialista e a esquerda francesa precisa superar logo o trauma criado por DSK : nas próximas semanas começa a pré-campanha para as eleições presidenciais de 2012 na França.

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Que pena, que você já vai embora!